Veja o que sobrou do império de Eike Batista
Ex-bilionário tem agora patrimônio líquido negativo de US$ 1 bilhão.
Eike desfez vários negócios e virou minoritário em empresas que criou.
De homem mais rico do Brasil e 8º mais rico do mundo, Eike Batista viu seu império ruir. A fortuna pessoal, que em 2012 chegou a ser estimada em mais de US$ 34 bilhões, foi reduzida, pelas contas do próprio empresário, a um patrimônio líquido negativo de cerca de US$ 1 bilhão.
O tombo veio a reboque da derrocada da petroleira OGX (agora com um novo nome, Óleo e Gás Participações), que criou um efeito dominó nas demais empresas do grupo EBX, obrigando o empresário a abrir mão do controle de várias empresas, a vender vários negócios e até mesmo a se desfazer de bens pessoais como aviões, iates e carros de luxo.
No dia 27 de janeiro, Eike deixou de vez o último cargo que mantinha na petroleira que criou, em meio ao processo de recuperação judicial. A companhia informou que ele renunciou à presidência do conselho de administração, assim como deixou de ser membro dele.
Eike, que chegou a dizer que se tornaria o homem mais rico do mundo e foi chamado pela presidente Dilma Roussef de "orgulho do Brasil", enfrenta agora, além de cobranças de dívidas, denúncias de crimes contra o mercado financeiro, de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha, além de processos administrativos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Até piano foi apreendido
O empresário é réu em processo que está sendo julgado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e teve bloqueados todos os seus ativos financeiros e bens no país. Somente em contas bancáriasforam retidos mais de R$ 117 milhões. Foram apreendidos até mesmo a Lamborghini e o piano que decoravam a sala da casa do empresário.
Eike é acusado de manipulação ao vender ações sem antes informar os investidores sobre a situação negativa das empresas e de uso indevido de informação privilegiada ("insider trading"). Se condenado, a pena mínima pode chegar a seis anos de prisão.
O empresário é réu em processo que está sendo julgado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e teve bloqueados todos os seus ativos financeiros e bens no país. Somente em contas bancáriasforam retidos mais de R$ 117 milhões. Foram apreendidos até mesmo a Lamborghini e o piano que decoravam a sala da casa do empresário.
Eike é acusado de manipulação ao vender ações sem antes informar os investidores sobre a situação negativa das empresas e de uso indevido de informação privilegiada ("insider trading"). Se condenado, a pena mínima pode chegar a seis anos de prisão.
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Das 6 empresas "X" de capital aberto criadas por Eike, 3 delas já mudaram de nome e perderam o “X” na tentativa de se afastar da imagem do fundador e 4 delas se encontram em processo de recuperação judicial para tentar evitar a falência e garantir a continuidade das operações.
Altamente endividadas, com ativos desmantelados e arrestados, operando no prejuízo ou nem sequer saídas da fase pré-operacional, as principais empresas do império de commodities criados por Eike “derreteram” e hoje é difícil saber se terão algum futuro.
Altamente endividadas, com ativos desmantelados e arrestados, operando no prejuízo ou nem sequer saídas da fase pré-operacional, as principais empresas do império de commodities criados por Eike “derreteram” e hoje é difícil saber se terão algum futuro.
De um valor de mercado que chegou a somar quase R$ 100 bilhões em 2010, Ogpar (ex-OGX), OSX, MPX (atual Eneva), MMX, Prumo (ex-LLX) e CCX valiam, juntas, no final de 2014 pouco mais de R$ 2,5 bilhões.
Eike permanece como acionista nas 6 empresas, em alguns casos ainda como controlador. Mas como as empresas estão em processo de renegociação de dívidas com credores ou em reestruturação, sua fatia nas companhias deverá ser reduzida a uma participação mínima.
Dos outros negócios criados por Eike, vários foram desfeitos totalmente para pagar dívidas do grupo e outros simplesmente deixaram de existir.
Confira a seguir a situação de cada uma das empresas que formavam o império X e a fatia que Eike ainda detém de cada uma delas:
Ogpar (ex-OGX), óleo e gás
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 14%
Dívida estimada: R$ 11,2 bilhões
Situação: operante, mas foi obrigada a devolver 8 blocos exploratórios à União
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 14%
Dívida estimada: R$ 11,2 bilhões
Situação: operante, mas foi obrigada a devolver 8 blocos exploratórios à União
OSX, indústria naval
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 66,02%
Dívida estimada: R$ 5 bilhões
Situação: Navios-plataforma foram apreendidos para pagamento de credores
Eneva (ex-MPX), energia
Pediu recuperação judicial em dezembro de 2014
Participação de Eike: 20%
Dívida estimada: R$ 2,33 bilhões
Situação: Controle foi vendido ao grupo alemão E.ON)
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 66,02%
Dívida estimada: R$ 5 bilhões
Situação: Navios-plataforma foram apreendidos para pagamento de credores
Eneva (ex-MPX), energia
Pediu recuperação judicial em dezembro de 2014
Participação de Eike: 20%
Dívida estimada: R$ 2,33 bilhões
Situação: Controle foi vendido ao grupo alemão E.ON)
MMX, mineração – 57,42%
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 57,42%
Dívida estimada: mais de R$ 400 milhões
Situação: 65% do Porto Sudeste (principal ativo da empresa) foi vendido para as companhias Impala e Mubadala
Em recuperação judicial
Participação de Eike: 57,42%
Dívida estimada: mais de R$ 400 milhões
Situação: 65% do Porto Sudeste (principal ativo da empresa) foi vendido para as companhias Impala e Mubadala
Prumo (ex-LLX), logística portuária – 10,44%
Participação de Eike: 10,44%
Dívida estimada: R$ 2,52 bilhões
Situação: Responsável pela construção do Porto do Açu (RJ). Controle da empresa foi adquirido pelo grupo norte-americano EIG
CCX - mineração de carvão na Colômbia
Empresa em fase pré-operacional, sem receitas
Participação de Eike: 61,66%
Situação: Eike fechou acordo de venda dos principais ativos à turca Yildirim por US$ 125 milhões, mas operação ainda não foi concluída
Participação de Eike: 10,44%
Dívida estimada: R$ 2,52 bilhões
Situação: Responsável pela construção do Porto do Açu (RJ). Controle da empresa foi adquirido pelo grupo norte-americano EIG
CCX - mineração de carvão na Colômbia
Empresa em fase pré-operacional, sem receitas
Participação de Eike: 61,66%
Situação: Eike fechou acordo de venda dos principais ativos à turca Yildirim por US$ 125 milhões, mas operação ainda não foi concluída
Rex, imóveis
Participação de Eike: não informada
Situação: Hotel Glória foi vendido ao grupo suíço Acron por cerca de R$ 260 milhões, mas Eike fechou um outro acordo para participar do desenvolvimento do empreendimento.
Participação de Eike: não informada
Situação: Hotel Glória foi vendido ao grupo suíço Acron por cerca de R$ 260 milhões, mas Eike fechou um outro acordo para participar do desenvolvimento do empreendimento.
Mr Lam, restaurante
Parceria de Eike com Mr.Lam
Continua em funcionamento
Parceria de Eike com Mr.Lam
Continua em funcionamento
IMX, entretenimento
Participação de Eike: 0%
Fatia de Eike na empresa foi adquirida pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi
Participação de Eike: 0%
Fatia de Eike na empresa foi adquirida pelo fundo Mubadala, de Abu Dhabi
Aux, ouro
Participação de Eike: 0%
Mineradora foi vendida ao fundo Mubadala, de Abu Dhabi, por cerca de US$ 400 milhões
Participação de Eike: 0%
Mineradora foi vendida ao fundo Mubadala, de Abu Dhabi, por cerca de US$ 400 milhões
SIX, tecnologia
Participação de Eike: 0%
Eike vendeu a fatia de 33% que tinha na fábrica de chips ao grupo argentino Corporación América por valor não informado
Participação de Eike: 0%
Eike vendeu a fatia de 33% que tinha na fábrica de chips ao grupo argentino Corporación América por valor não informado
Marina da Glória
Participação de Eike: 0%
Concessão do porto privado foi vendida à BR Marinas
RJX, esporte
Participação de Eike: 0%
Contrato de patrocínio de time de voleibol masculino foi rompido. Com a saída do grupo de Eike, equipe campeã da Superliga passou a chamar apenas RJ.
Pink Fleet - fora de operação
Iate teria sido desmanchado e vendido como sucata
NRX Newrest - sem informações
Parceria com o Grupo Newrest para atuação no mercado de catering não saiu do papel.
Participação de Eike: 0%
Concessão do porto privado foi vendida à BR Marinas
RJX, esporte
Participação de Eike: 0%
Contrato de patrocínio de time de voleibol masculino foi rompido. Com a saída do grupo de Eike, equipe campeã da Superliga passou a chamar apenas RJ.
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Iate teria sido desmanchado e vendido como sucata
NRX Newrest - sem informações
Parceria com o Grupo Newrest para atuação no mercado de catering não saiu do papel.
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