Ídolo,
tributo de respeito, paixão ou afeto exagerado a uma pessoa a quem se
considera, esse é o significado da palavra, segundo o dicionário de
Sérgio Buarque de Holanda. Como se vê, em primeiro lugar é preciso haver
um motivo muito forte para que se possa considerar alguém como ídolo.
E, havendo, se torna negativo e prejudicial quando, ao ídolo, se dedica
uma paixão exagerada, denotando a idolatria, adoração como se fora deus
ou deusa.
É
comum no povo carente a idolatria a falsos líderes ou valores, muitas
vezes induzidos a fazê-lo por interesses obscuros de algum segmento
social ou de poder. Ou seja, nem sempre o ídolo é idolatrado com
discernimento e justiça.
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Não
se pode negar o carisma e a extrema idolatria que o povo alemão dedicou
a Hitler, a ponto de não enxergar ou não querer enxergar as
atrocidades promovidas pelo brutal ditador. Do mesmo modo, podemos
considerar o que aconteceu com Benito Mussolini na Itália. Foram
ídolos resultados de uma conjuntura política favorável a esse tipo de
populismo e massificados pela propaganda oficial e oficiosa em torno
dessas figuras macabras que terminaram por dominar completamente a
consciência em seus concidadãos, levando-os a catástrofe da Segunda
Guerra Mundial, a derrocada de seus países com a morte de milhões de
seres humanos, inclusive dos dois respectivos ditadores.
A
idolatria é tão antiga quanto a humanidade, a bíblia nos diz que
aproximadamente 1.500 antes de Cristo, quando Moisés conduzia o povo
judeu para a terra prometida, livrando-o da escravidão no Egito, ao se
ausentar da multidão por quarenta dias, ao retornar descendo o Monte
Sinai, com as tábuas do Dez Mandamentos debaixo do braço, avistou seu
povo dançando em torno de um bezerro de ouro, versão do boi Ápis,
símbolo da idolatria pagã egípcia. Tendo Moisés ficado bastante irado
com isso, pois eram manifestações de descrença no verdadeiro Deus em
quem o profeta acreditava.
A
idolatria, existe no mundo religioso contemporâneo. Adora-se imagens,
objetos e esculturas feitos dos mais diversos materiais, como exemplo
da imensa estátua de concreto do Padre Cícero Romão Batista, que
anualmente atrai milhares de romeiro para adorá-la. Lugares como a
mesquita de Meca na Arábia Saudita, onde dizem estar sepultado o
profeta Maomé e aonde quem for muçulmano é obrigado a visitá-la pelo
menos uma vez na vida. Indo para lá todos os anos milhões de peregrinos
que se comprimem no local sem a menor condição de acomodação,
provocando algumas vezes, tumultos e mortandade entre eles.
O
apóstolo Paulo em suas cartas aos Corintos combateu a idolatria
dizendo: ”Sabemos que o o ídolo nada é no mundo, e que não há outro
deus, senão um só. Pois ainda que haja alguns que se chamem deuses, quer
no céu, quer na terra, como há muitos deuses e muitos senhores. Todavia
para nós há um só Deus o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e
um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todos as coisas, e nós também
por ele.( 1º. Co. Capítulo 8 versículos 4,5; 6), respectivamente.
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