ARTIGO DA SEMANA.
TEMOS QUE MUDAR
(Por Rubens Coelho - rubensfcoelho@hotmail.com)
Tenho
ouvido aonde chego, alguém dizer: tem jeito não esse país não se
endireita nunca! Só tem bandalheira, a degradação ética e moral
avassalando os quatro cantos do território nacional.
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Os
bandidos de colarinho branco arrobam os cofres públicos impunemente,
assaltantes a mão armada tomam conta das ruas das cidades e agora também
das zonas rurais. A violência está em toda parte. Enquanto o cidadão
acuado se enclausura em suas casas cada vez mais engradadas numa
tentativa inútil de se proteger.
Esse
é o assunto mais em Voga nas rodas de conversas em lugares onde possa
se ter o mínimo de tranqüilidade para um papo descontraído. Num passado
recente, as calçadas da residências eram os pontos de encontro dos
familiares, amigos e vizinhos para esses convescotes lúdicos nos finais
das tardes e início e as vezes até tarde da noite, dependendo do
interesse entre os partícipes.
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Nos
dias hoje, teimar nesse costume saudável transformou-se numa verdadeira
imprudência, pois a tranqüilidade pode se acabar de repente com a
presença indesejável e perigosa de bandidos motorizados com armas
apontadas para suas cabeças fazendo-os entregá-los tudo que for possível
roubar das vítimas, que no final da cena de bestialidade ainda dá
graças a Deus por não sair machucado e vivo do episódio. Essa é uma
cruel realidade em toda parte, especialmente em Mossoró, aonde
acreditamos não existir uma família se quer que não tenha sofrido algum
tipo de violência semelhante.
Essa
deterioração social, porém, não surgiu de um dia para outro, foi se
dando num crescente ao longo do tempo, na medida em que não era contida
pelos poderes constituídos da nação, lenientes com os desacertos por
conveniência ou cumplicidade com o crime. Ou até mesmo, em nome da
liberdade, da democracia, da justiça e do direito, foi-se deixando de
lado o conceito de que não há liberdade sem disciplina, sem que o
direito de um não fira o direito do outro. Quando prevalece a lei de
Gerson, de se levar vantagem em tudo, aí, fica difícil ou quase
impossível a harmonia social.
Cada
de um nós temos responsabilidade sobre essa situação, mas
responsabilidade maior para modificá-la é dos governantes, que têm o
poder de dirigir, de legislar e fazer cumprir as leis.
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Se
houver conluios entre eles para contrariar os interesses do povo em
seus benefícios próprios, então não há como se ter um Estado justo.
Infelizmente é o que está acontecendo no Brasil atual com sua população,
sem direito à saúde, educação e segurança pública, como deveria. Ainda
mais quando a carga tributária a ela imposta é das mais elevadas do
mundo. No entanto, o dinheiro arrecadado é descaminhado de maneira
inescrupulosa por políticos e gestores desprovidos de um mínimo de ética
e moral, ladrões mesmos.
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Temos que mudar, expulsando-os da vida pública. Essa responsabilidade é cada um dos brasileiros.
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